Eu te amo, mas eu escolhi Ego.
Tuesday, May 18, 2010
6:37 AM
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Aqui vai meu primeiro texto alegórico. Críticas são bem vindas - not.
Ego, Elo, Tu
Graças ao “Elo”, essas crianças tão diferentes uma da outra brincaram e se divertiram por longos anos, sem jamais terem tido nenhuma desavença.
No começo da idade adulta, o “Elo” ainda se via forte. Apesar das dificuldades que cada uma das crianças passou no decorrer de seu crescimento o “Elo” sempre as unia, e por isso era muito freqüente encontrá-las fazendo atividades juntas.
De repente o “Elo” ficou doente, Ego e Tu não davam mais tanta atenção assim a ele, e o tratavam como leviano. O “Elo” enfraquecia cada vez mais, e os dois não pareciam se importar, à medida que se distanciavam um do outro.
Ego, em um raro momento não egocêntrico, percebeu que “Elo” não se movia e estava gelado, com os olhos fechados. Chamou Tu para tentar reanimar o “Elo” que os ligara, mas Tu não demonstrou interesse. Não agüentando a apatia de Tu, Ego começou a tratá-lo rispidamente, enquanto este se afastava de Ego e do antigo “Elo”.
Preocupado, Ego resolveu levar “Elo” para o hospital, mas ele era muito pesado para ser carregado por uma pessoa só, enquanto isso Tu observava calado e distante.
As horas corriam e Ego continuava arrastando o “Elo” e Tu não demonstrava o mínimo interesse. Ego resolveu então dar margem a um hábito seu: pensar e analisar. Toda a sua trajetória com Tu, todos os anos cuidando do “Elo” e os recentes dias de negligência passaram por sua cabeça. Ele tinha ainda duas dúvidas: “Tu quer ver morto o “Elo” por algum motivo? Ou será que Tu percebeu que o “Elo” está morto e eu ainda não?”
“Tu” – disse Ego – “Existe algum problema, algum motivo que faça você desejar a morte do “Elo?””
“Não. Por que pergunta?” – Tu devolveu
“Você está parado, calado. Não tem feito nada pelo nosso “Elo”. Por isso.” – respondeu Ego com tristeza
“É que você foi ríspido comigo” – disse Tu em resposta
Tu continuou parado. Ego, depois de obter mais informações, pôs-se a pensar novamente. “Ou Tu se distanciou tanto do “Elo” que não percebe a necessidade de salvá-lo... ou ele já percebeu que o “Elo” está morto.”
Ego deixou o “Elo” deitado no chão, ainda em dúvida se esse vivia ou era apenas um cadáver pesado, enquanto Tu esboçava cumprimentos e palavras mecânicas, nada naturalmente.
Ego levantou-se e olhou nos olhos de Tu e disse: “O “Elo” está morto.”
Ego, Elo, Tu
Em uma de muitas das voltas que o mundo dá, duas crianças, Ego e Tu, receberam uma estranha forma de vida com o nome de “Elo” e prontamente aceitaram a missão de cuidar do “Elo”.
Graças ao “Elo”, essas crianças tão diferentes uma da outra brincaram e se divertiram por longos anos, sem jamais terem tido nenhuma desavença.
No começo da idade adulta, o “Elo” ainda se via forte. Apesar das dificuldades que cada uma das crianças passou no decorrer de seu crescimento o “Elo” sempre as unia, e por isso era muito freqüente encontrá-las fazendo atividades juntas.
De repente o “Elo” ficou doente, Ego e Tu não davam mais tanta atenção assim a ele, e o tratavam como leviano. O “Elo” enfraquecia cada vez mais, e os dois não pareciam se importar, à medida que se distanciavam um do outro.
Ego, em um raro momento não egocêntrico, percebeu que “Elo” não se movia e estava gelado, com os olhos fechados. Chamou Tu para tentar reanimar o “Elo” que os ligara, mas Tu não demonstrou interesse. Não agüentando a apatia de Tu, Ego começou a tratá-lo rispidamente, enquanto este se afastava de Ego e do antigo “Elo”.
Preocupado, Ego resolveu levar “Elo” para o hospital, mas ele era muito pesado para ser carregado por uma pessoa só, enquanto isso Tu observava calado e distante.
As horas corriam e Ego continuava arrastando o “Elo” e Tu não demonstrava o mínimo interesse. Ego resolveu então dar margem a um hábito seu: pensar e analisar. Toda a sua trajetória com Tu, todos os anos cuidando do “Elo” e os recentes dias de negligência passaram por sua cabeça. Ele tinha ainda duas dúvidas: “Tu quer ver morto o “Elo” por algum motivo? Ou será que Tu percebeu que o “Elo” está morto e eu ainda não?”
“Tu” – disse Ego – “Existe algum problema, algum motivo que faça você desejar a morte do “Elo?””
“Não. Por que pergunta?” – Tu devolveu
“Você está parado, calado. Não tem feito nada pelo nosso “Elo”. Por isso.” – respondeu Ego com tristeza
“É que você foi ríspido comigo” – disse Tu em resposta
Tu continuou parado. Ego, depois de obter mais informações, pôs-se a pensar novamente. “Ou Tu se distanciou tanto do “Elo” que não percebe a necessidade de salvá-lo... ou ele já percebeu que o “Elo” está morto.”
Ego deixou o “Elo” deitado no chão, ainda em dúvida se esse vivia ou era apenas um cadáver pesado, enquanto Tu esboçava cumprimentos e palavras mecânicas, nada naturalmente.
Ego levantou-se e olhou nos olhos de Tu e disse: “O “Elo” está morto.”
gostei de seu texto. só pra esclarescer minhas dúvidas: os nomes em latim dos personagens se referem no caso à Eu "Ego", no caso você o autor, e por falta de um você no latim, optou por usar Tu, representando no caso a um "você" com quem o Ego(autor) compartilhava um elo?
Confuso o seu comentário, mas sim, você está certo. Digo, Tu está certo. Quer dizer.... er....
Infelismente o "Elo" morto, talvez vai ser melhor pro "Ego" continuar em frente ;)
Lembre-se disso!